terça-feira, 14 de abril de 2009

Isso é contagioso, doutor?

Todos sabem que é comum nos vôos comerciais, a segregação de passageiros fumantes e não fumantes. Isso ocorre também em alguns restaurantes. Está em conformidade com a lei. O fumante prejudica o bem estar do não fumante.

Preocupado com o assunto, eu desejaria que as autoridades pensassem em uma lei assim para as filas de banco, INSS, salas de espera de consultórios, cabeleireiros e todo o tipo de condução e até nos bingos. Não... Não estou me referindo aos fumantes desta vez. A minha sugestão vale para os hipocondríacos de qualquer idade, cor, raça ou credo. Onde quer que você esteja, sempre que exista a oportunidade de conversa, há um papo de doença, de pessoas que se gabam de tantas e tais cirurgias, de UTI´s e de remédios. Será que nosso país é uma terra de doentes? Ou conversar sobre isso causa imenso prazer?

Diariamente eu me deparo com essa situação.

Proponho seja reservado um assento de ônibus para um não-hipocondríaco: Eu.

O ônibus que utilizo para me deslocar ao trabalho, tem 8 assentos reservados para os idosos. Pela minha estatística diária, embarcam nessa condução em média 12 pessoas no ponto inicial, 9 são idosos e 3 pagantes incluindo eu. Nenhum deles senta nos lugares a eles reservados. Parece que sentem vergonha em sentar ali. Então ocupam os lugares dos verdadeiros pagantes, estes impossibilitados sequer de escolher um lugar. E ai deles, de tentar sentar nos assentos dos idosos! Recebem uma metralhada de xingamentos dos velhinhos. E então, quem está se locomovendo ao trabalho, paga por todos e senta onde pode, para que os pobres anciãos passeiem a vontade e conversem abertamente (um em cada assento de dois lugares), sobre suas façanhas hipocondríacas.

Sei que vou chegar lá um dia (se chegar), mas será que só servirei para jogar bingo, passear de ônibus grátis, truco ou dominó na praça e falar sobre o tema doença?

Só pensar na hipótese dessa inutilidade, já me sinto doente. Socorro! Chame um médico!

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