Minha filha tem uma cadelinha lhasa apso de nome Clarinha.
A danada é hiperativa e gostava de subir no sofá, assento
e em cima do encosto, qual equilibrista em arame de circo.
Em uma dessas “traquinagens” ela caiu estatelando-se ao chão e
com isso lesando a patela.
Levamos ao veterinário, que recomendou cirurgia.
Eu achava que uma tala era suficiente, mas quem sou eu para
discutir com um doutor?
O estado pós-operatório não foi feliz. Ela contraiu
meningite e teve convulsões.
Esteve à beira da morte, a bichinha.
Levamos a um afamado neurologista veterinário em São Paulo e
ele solicitou uns exames de ultrassom.
Marcada a consulta para a realização dos exames, ficamos
sabendo que o local era no bairro Aeroporto, junto à Avenida dos Bandeirantes,
área de intenso trânsito de veículos. E qual região de Sampa não é?
Ajustei o GPS para nos guiar até a clínica e durante o
trajeto pela Via Anchieta, o aparelho só deu vexame... –“Vire à esquerda”
(imagine se em uma rodovia estadual, algum veículo pode dobrar à esquerda!).
Afinal chegamos ao laboratório e no saguão durante a espera
para sermos atendidos, tentei fazer o “treco” funcionar; e já estava
desistindo, quando fomos chamados para o tal exame, dois pavimentos acima do
que estávamos.
Adentramos a sala do ultrassom.
A médica preparou a máquina
para o exame e quando ela posicionou a cabecinha da cachorra para monitorar,
ouviu-se nitidamente uma voz feminina: - “Vire ligeiramente à direita”.
Com o susto, a profissional olhou para nós sem saber o que estava
acontecendo e caímos na gargalhada.
No final da sessão de exames, a doutora
rascunhou nosso caminho de volta em um papel e o GPS nunca mais funcionou.
Passaram-se dois
anos e a Clarinha, que estava com expectativa de 6 meses de vida, está cada dia melhor. Graças a Deus.
Tecnologia será sempre resultado de algo que tem grandes chances de não funcionar mais a qualquer momento.
ResponderExcluirVida é milagre, dia a dia, minuto a minuto, as chances de se prolongar é um mistério incontestável.
Torço que a da Clarinha se prolongue ainda mais, pois sei o quanto se sofre ao perder um amiguinho-animal. Abraços
Agradeço por tão doces e compreensivas palavras.
Excluir